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RUMO

2022

Marcos Duarte

Instalação

madeira, galões de leite

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Rumo (trajetória por entre um acúmulo de fronteiras)

 

vestígios de árvores que cobriram esses campos

agora são apenas ideia, resíduo, memória

o rumo é o de sempre, sesmarias, sertões adentro

a condição bovina permanece

multiplicados, circulantes, consumidos

corpos ocupando territórios imaginados como paisagens

florestas ausentes se acumulando na atmosfera

nas cercas feitas de árvores desaparecidas

todas cercas forçando além do limite

todas pasto, carvão

seiva/cinza

corredores de fogo + vento

lambendo tudo que era plural

sibipiruna, ipê, jatobá, cedro, angelim, massaranduba, sucupira, jacaré, braúna, cerejeira, copaíba...

digerimos bovinos adormecidos

eternos lactantes, extraindo-lhes o leite

traçando o rumo do despertencimento

 

texto: Ana Lucia Camphora

2022

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